segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Morte do Propagandista de um dos Extremos


Por vezes o mundo timidamente se impulsiona e dá uma guinada para frente. Sempre que um apologista e propagandista da morte alheia perecer, comemore sem alardes para não ferir o sentimento dos assassinos por ideologia, que são sensíveis a morte dos seus e cruéis na morte dos demais.

No primeiro dia de outubro de 2012 rumou para o paraíso marxista Eric Hobsbawm. Em vida o historiador mais famoso desses tempos escreveu todas as bobagens possíveis e inimagináveis. Mas será lembrado nas academias pelos seus trabalhos sobre o século XX.

Historiador habilidoso de texto até certo ponto agradável de ler, Hobsbawm dedicou sua vida a pesquisa história de farto material, o que lhe permitiu falsificar a real dimensão e os horrores comunistas com brilho admirado por todos os esquerdistas sem brilho e sem dedicação do mundo. Foi ele o exemplo do esforço livre na tentativa de fazer vencer o mal. Perdeu a batalha.

Como estudante de historia muitas vezes fui obrigado a lê-lo. Do seu texto sobre a Guerra Fria, inserido dentro da obra A Era dos Extremos, compreende-se que os soviéticos eram espertos e sabiam que não poderiam combater dentro de uma igualdade os americanos e seu capitalismo. Foram, ora bolas, os americanos e suas fobias despropositadas que levaram o mundo ao medo excessivo do caos. Os comunistas, tadinhos, só queriam matar nos frios Gulags seus detratores em paz. No cúmulo do absurdo, ainda na mesma obra, Hobsbawm afirma o seguinte: Como a URSS, os EUA eram uma potência representando uma ideologia, que a maioria dos americanos sinceramente acreditava ser o modelo para o mundo. Ao contrário da URSS, os EUA eram uma democracia. É triste, mas deve-se dizer que estes eram provavelmente mais perigosos.

Vocês leram exatamente isso, queridos. Hobsbawm se queixa da democracia. Achava-a perigosa. Os incautos que o liam só poderiam concluir que os Estados Unidos eram uma porcaria danosa ao mundo e a União Soviética o mal necessário. Ler marxistas versando sobre democracias é como ler nazistas versando sobre judeus, ou seja, nada de útil ou aceitável está por vir.

Sobre Lula, Hobsbawm afirmou que o 9 dedos do mensalão ajudou a mudar o equilíbrio do mundo ao trazer os países em desenvolvimento para o centro das coisas” e que para o Brasil “É extremamente importante  ter o primeiro presidente que nunca foi para a universidade”  além de declarar o 9 dedos “o mais importante representante do marxismo no mundo de hoje”. Nem o próprio Lula se disse um dia marxista. Mas isto não é nada se o mestre, se Hobsbawm, o grande, disse o contrário. Pensando bem, talvez eu deva dar mais crédito ao Hobsbawm nessa. Lula tem o péssimo hábito de mentir.

Junte a compilação de nulidades ao fato dele e seus acólitos marxistas diuturnamente declararem o ocaso do império americano e o fim do capitalismo porque esgotado e constate o óbvio:  Hobsbawm odiava as democracias capitalistas já que elas minaram seu sonho de ver o mundo aos pés do proletariado. Aos 95 anos, morreu e não admitiu seus erros. E admiti-los seria pouco para um homem que ao ser perguntado se a morte de aproximadamente 20 milhões de pessoas valeria a pena se o sonho marxista/comunista de igualdade (sic)  vingasse disse um rápido e peremptório SIM.

Para ele, adeus. Para suas ideias, até nunca mais.
                                                      Desafio: quem é o Woddy Allen e quem é o Eric Hobsbawm??? 

15 comentários:

Unknown disse...

Muita gente vai discordar desse texto, mas esse espaço é pra dar a sua opinião.

Acho Hobsbawn muito relevante, porém um pouco mala e muito esquerdista mesmo. Bom texto e polêmico, do jeito que eu gosto. Abraço!

Gabriel Amaral disse...

Quem escolhe um lado e Hobsbawm escolheu o lado dos assassinos cedo ou tarde será jogado no limbo da história, que é um lugar melhor do que ele fez por merecer em vida. Embora historiador competente, fez mau uso da sua capacidade e disse com todas as palavras possíveis que a morte de uns e outros frente a possibilidade do amanhecer florido marxista era aceitável. Não escrevo pra quem gosta de mim. Nem pra quem desgosta. Escrevo o que acho correto. Discordar é parte do jogo, mas há quem não entenda o limite do respeito. Quem se comporta assim, entendo, nem deve passar por aqui.

Lucas Pimentel Coelho disse...

vc que passou do limite do respeito com o cara, tanto que não recebeu nenhum comentário alem daquele esperado, mas não vou me aprofundar uma vez que disse que não iria comentar esse texto por motivos obvios...

Rodrigo Diniz disse...

Gostaria de saber aonde você leu essa afirmação do Hobsbawn de que a morte de uns e outros, seria algo tolerável e aceitável frente a possibilidade de um amanhecer florido marxista??

Gustavo Romano disse...

Ontem mesmo meu caro Rodrigo, eu e Gabriel, que somos escritores desse blog, tivemos uma discussão sobre o assunto. Questionei exatamente o que questionas acima.
Deixamos claro que o blog está ai para gerar polêmica, não é para agradar a todos, mas é de extrema importância que façam suas críticas ao blog no próprio blog, exatamente para podermos gerar discussões e quem estiver de fora saber do que se trata. Agradeço mais uma vez sua presença no blog.

Lucas Pimentel Coelho disse...

é isso que vc não entende Gustavo, não tem o que criticar, esse texto é balela, ninguém tá comentando pq ninguém acredita que alguem do nivel do gabriel possa ter escrito tanta merda num lugar só...

Gabriel Amaral disse...

Não, não passei mesmo. Você tem o direito de achar isso, mas eu não passei de limite algum com o historiador em tela.

Gabriel Amaral disse...

Em 1994, Hobsbawm deu uma entrevista ao então jornalista canadense Michael Ignatieff para a TV inglesa onde, segundo o também historiador Robert Conquest, ao ser perguntado: “Então a morte de 15, 20 milhões de pessoas estaria justificada caso fizesse nascer o amanhã radiante?” Hobsbawm disse: “sim”. Em vida Hobsbawm jamais negou o teor da entrevista, que infelizmente não achei disponível na internet. Se não o fez, imaginam-se os motivos. Melhor do criar celeuma é apostar no esquecimento. Rodrigo, se você quiser pode tratar como mentira. Só que eu não dou cheque em branco a um sujeito que em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 2009, afirmou o seguinte: “Não tenho problemas em dizer que a Revolução Russa causou dor e sofrimento à população russa. Porém, o esforço revolucionário foi algo heróico. Uma tentativa de melhorar a sociedade como não se viu mais na história. Recuso-me a dizer que perdi a esperança.” Trata-se de um historiador marxista importante, de maneira enviesada, justificando os atos de uma ditadura. Se a Folha publicou algo mentiroso, pergunto de novo, por que Hobsbawm não processou o jornal?

Gabriel Amaral disse...

Balela é o que você afirma aqui. Primeiro disse que não ia comentar. Comentou. Depois foge a lógica ao vir com esse papo de nível. Do que você está falando. Quem pra você está no nível do Hobsbawm para criticá-lo? E. P. Thompson, historiador marxista fez várias críticas ao trabalho de Hobsbawm. Ele pode? Se amanhã ele disser que Hobsbawm era uma merda, você vai concordar com ele? Não, né. Então, oras, pouco te importa quem diz o que dele e sim o que diz dele. Querendo, e eu sou democrático ao contrário do marxista finado, escreva algo melhor e se Gustavo, Lucas e eu acharmos voiável, publicamos. De outra forma, faça o que quiser, sempre sabendo que será bem vindo aqui.

Rodrigo Diniz disse...

Ok, aonde você encontrou a matéria escrita, ou enfim, de qualquer outra forma, não estou dizendo que Hobsbawm não possa ter dito um impropério desses, só estou dizendo que acho pouco provável, mudando de assunto, gostaria de dizer que não existe revolução nenhuma que seja pacífica, ou completamente pacífica, o único caso que conheço que chega próximo a isso, é o da descolonização da Índia pela prática do Satiagraha, e mesmo assim, dezenas de indianos foram massacrados pelos ingleses nesse processo, toda revolução em si é um processo único de mudança drástica, construída em cima de muita injustiça e de muitas mortes, o que em si não justifica a revolução, mas as justificativas são necessárias no início de uma revolução, a dificuldade está em se terminar com todas elas, acho que você peca em generalizações, não sou advogado do Hobsbawm e nem acho que o Marxismo seja a proposta de salvação do mundo, mas acho que é fundamental que se entenda que certo conceitos criados em cima de estudos feitos de forma meticulosa e com muita dedicação não podem ser tratados com enxovalho, é preciso um pouco de propriedade para se dizer as coisas, se não, mesmo que de forma, a parecer elegante, constrói-se uma argumentação superficial das coisas, pra fechar com uma frase bacana, só pra parecer que eu sou inteligente rs..."perguntas complexas exigem respostas igualmente complexas, mas nós adoramos a beleza do que é simples"

Anônimo disse...

leia a gazeta renana escrita por marx, e verão as barbaridades que ele falava sobre os eslavos, que considerava um povo inutil e que deveria morrer

Anônimo disse...

Que milagre, 3 futuros historiadores neççepaízz que estão conseguindo sobreviver a uma graduação nas nossas fábricas de alienados (= faculdades de ciências sociais) sem sucumbir ao vírus marxista!! Parabéns pela coragem de publicar a verdade e desafiar a mistificação esquerdista que domina os "intelequituais" brasileiros.
Jovens historiadores, continuem assim - quem sabe se houver mais como vocês, em 2 ou 3 gerações poderemos reparara o estrago mental feito pela ideologia gramscista, que se manifesta até nos textos de história que nossos pobres filhos usam na escola primária!!
Recomendo a todos que leiam sobre livre mercado, escola austríaca de pensamento econômico, libertarianismo e outros temas fundamentais nos sites do Instituto Ludwig von Mises (tanto o brasileiro como o dos USA). [Isto dito por um sujeito que até os quarenta anos acreditava ser social-democrata, e após ler alguns textos de Olavo de Carvalho, Ludwig von Mises e Murray Rothbard não teve outra opção senão se render diante da obviedade da lógica e reconhecer que o conceito socialista foi parido por Marx e seus seguidores a partir de premissas totalmente falsas, que não resistem a uma análise feita por leigos com alguma compreensão da realidade].
Saudações austro-libertárias!!
RH.

Gabriel Amaral disse...

Rodrigo, por mais que eu possa ter parecido simplificar a contribuição do Hobsbawm como historiador, confesso, fiz o máximo possível para não "pegar no pé" dele por gosto. Peguei no pé do que ele disse, do que ele afirmou, e te digo com toda franqueza, não me arrependo. Quem relativiza a morte alheia não merece muito mais do que lhe foi oferecido, não só por mim como por vários de seus críticos. Claro, não sou dono da verdade. quem me caracteriza assim, via de regra se imagina ele ou ela própria dona da verdade. Sua contribuição ao blog é sempre pertinente. Venha sempre que quiser pois será sempre bem-vindo. Abraços....

Gabriel Amaral disse...

Querido anônimo, desmistificar o discurso vigente da esquerda é uma obrigação de quem não se deixo enganar por Marx, Engels, Gramsci e acólitos. Suas recomendações são as minhas, e claro, devo o mais que antes ler Ludwing von Mises. Abraços.

Gustavo Romano disse...

Deixo claro de que um texto tem divergências em demasia de outro. No blog existe o esquerdista e o direitista. Daí o nome.