Há um debilóide arrivista na prefeitura do Rio. Seu nome é
Eduardo Paes.
A trajetória política deste sujeito é dessas coisas que só a
fome pelo poder explica. Ainda jovem, aos 23 anos, sob a proteção do seu guia e
mestre político, o então prefeito Cesar Maia, o hoje ingrato prefeito Eduardo
Paes, a flor da Gávea Pequena, assumiu a subprefeitura de Jacarepaguá. Era
aquela altura membro do PV e ao lado de amalucados como Aspásia Camargo, Sirkis
e alguns maconheiros de menor quilate, se valia do mote ambiental, confundindo vilmente
o eleitorado como se líder de alguma ala da esquerda fosse. Amava a planta e
odiava gente.
Chegada a hora do impulso eleitoral, como manda o figurino
do bom arrivista político, adentrou no extinto PFL, hoje DEM. Os muitos votos
vindos a reboque dos cargos a que ia assumindo graças às indicações de César
Maia proporcionaram que Dudu, o Edu, enfim projetasse seu nome no cenário político
carioca. Mais do que a planta, Paes ama votos. E poder.
Em 2002, após ser reeleito deputado federal, sem esclarecer
a motivação, troca mais uma vez de partido. Tornava-se membro do PSDB, e como
tal era forte opositor do governo Lula. Era também visto com freqüência ao lado
de José Serra. O que se falava a boca pequena era que Paes seria o nome de
Serra para alavancar o PSDB no Rio, onde o partido inexiste em eleições
majoritárias até os dias de hoje. Mas Paes tinha plano melhor para si.
Num golpe tramado pelo destino viabilizou sua mudança para o
famigerado PMDB, passando a ser movido pelas cordas de Lula e Sérgio Cabral,
que é nosso homem em Paris. Se antes para Paes Lula era corrupto, agora há
pedido público de desculpas. Se antes para ele César Maia era o
exemplo político a admirar – e copiar – agora Cesar é o que de mais nefasto existe.
Desdizer o que disse é, em suma, a grande sacada do arrivista.
Todas as mudanças de
partido, as traições, a falta de escrúpulos, as besteiras que diz, embora
estranhadas no atual no prefeito não colam na sua imagem muito em função de sua
cara de bobo, muito em função do extenso séquito que amealhou numa carreira
política já longa para quem tem “apenas” 42 anos.
Para alguns Paes é visto como traidor. Para outros Paes
precisa ser visto como traidor. O último vídeo que me mandaram dele é
revelador. Nele o prefeito que é vascaíno, mesmo que em tom jocoso diz a
seguinte barbaridade: “saiba que eu só trato bem flamenguista na época de
campanha para arrumar voto. Acabou a eleição quero que todos se danem”
Sou flamenguista como já sabido, mas a postura e a fala do
prefeito são inaceitáveis, ainda mais pra quem não faz seu trabalho com o
devido rigor. Ratifico neste espaço que não voto de maneira alguma em Paes, nem que
para isso cometa o supremo pecado de votar em Marcelo Freixo. Espero que esse
dia nunca chegue!!
Confiar em um arrivista? Talvez Lula. Talvez Sergio Cabral.
Talvez o CQC.
Um comentário:
Ficou MUITO bom!!
FORA PAESpalho!!
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