Com
a palavra o boçal de Garanhuns, o 9 dedos da ignorância: “Não queira que em 4
anos eu conserto o que vocês destruiro em 4 séculos”. É Lula, ou Mula lá, a
partir dos 57 segundos, em estado bruto, confrontando Geraldo Alckmin, ao vivo,
durante debate para o segundo-turno das eleições presidenciais de 2006.
Entre Esses e concertos com C.
Um
país que promove a presidente um sujeito como Lula não pode de jeito maneira se
chocar – ou seria xocar, já não sei mais – com a recente descoberta feita pelo
jornal O Globo. Candidatos agraciados com a nota máxima de 1.000 pontos na
última edição do Enem, no quesito redação, grafaram inacreditáveis “rasoavel”,
“trousse”, além de erros crassos – aceita-se craços – de concordância.
Não
faz muito tempo o MEC recomendou a utilização de um livro que aceitava a
construção (sic) “nós pega os peixes” como correta, já que respeitava a “norma
popular da língua portuguesa”.
Para
alguns não basta oferecer uma educação básica de merda. Não basta oferecer uma
educação superior de merda. Não basta pagar mal e desvalorizar professores, que
são, na sua maioria, péssimos e mal formados. É preciso desvirtuar o processo
para ascensão via educação, baixando o nível o máximo que se pode, afinal de
contas, quem “encherga” algo de “rasoavel” nesses “tipo” de escrita jamais se
revoltará com os boçais que (des) governam o país.
Foi
o governo do 9 dedos que forçou várias instituições públicas a aderirem ao Enem
como única forma de entrada na universidade. Tratava-se de método, portanto. O
exame que já passou por vários vexames, provas roubadas, cancelamentos de
última hora, falta de lisura no processo – ou seria proseço – de correção,
agora sofre com a humilhação. Até pouco tempo atrás fazer uma boa redação era caminho certo para aprovação em concursos públicos. Hoje é só uma questão de sorte ou de afinação ideológica com a banca de correção.
Não, não se investe em resolução do problema educacional que o país apresenta. Investe-se em bolsas-tampões. Investe-se em acesso via cotas raciais. Investe-se na ignorância. É o Programa de Aceleração da Ignorância a plenos pulmões.
Existe um país de semi-analfabetos no poder. Existe um país de falsos doutores (a) no poder. Existe um país que se lixa para a educação de seu povo. Existe um país fadado ao fracasso. Seu nome não é Brasil. O Brazil, sim, com z, é muito pior que isso.
A saber: Fernando Haddad, atual prefeito de São
Paulo foi o chefão do Ministério da Educação em vários dos vexames do Enem. O
atual ministro, Aloísio Mercadante, é da turma dos aloprados do Planalto. Quem
se lembra disso? Acho que só eu. Pode parecer que uma coisa nada tem com a
outra. Não é bem verdade.

28 comentários:
Bom, podemos fazer uma análise subjetiva ou ver os números.
Ao governo federal cabe o Ensino Superior, ou seja, apenas as instituições universitárias, fora colégios como CAP-UFRJ e o Pedro II. É nisso que podemos criticar ou elogiar o governo Lula.
Em termos de acesso, não há muito o que comparar, em oito anos foram construídas muitas universidades federais, principalmente no interior, para dar a oportunidade de ingresso também aos que nasceram fora das grandes cidades.
O número de profissionais com títulos de doutor e mestre, jamais foi tão elevado. Em 2009, o Brasil atingiu a meta de formar dez mil doutores e 40 mil mestres por ano. Em 2006, 10.868 bolsistas de doutorado e 15.646 de mestrado contaram com o apoio da Capes, o que representa um aumento de 33% e de 32%, respectivamente, sobre os números de 2001.
Vale lembrar que nenhuma universidade foi obrigada a aderir ao ENEM, o que ocorreu foi uma promessa de maior repasse de verbas caso aderisse. Tal situação não se configura como chantagem, pois nenhuma universidade está ou estava em situação financeira complicada.
Além disso, é claro, o analfabetismo diminuiu, o IDEB e a média dos anos de estudo da população aumentou, etc... Talvez não no ritmo necessário, mas aumentou, principalmente em relação aos anos 90.
Vale lembrar que eu não sou petista, muito menos lulista, mas acredito que há outros motivos pelos quais criticar o atual governo. Não dá pra ficar fazendo análise subjetiva, sem que se observe os fatos. Não é porque o Lula não tem Ensino Superior que ele é incompetente para um cargo político, mesmo sendo de tal importância. Sinceramente, na minha opinião, essa é uma visão elitista e um tanto quanto preconceituosa.
Esse vídeo é a melhor representação dessa visão. O Lula, como QUALQUER pessoa de origem humilde, vícios de linguagem, ainda mais na comunicação oral. Isso não tira em absoluto qualquer competência dele em governar, pelo amor de Deus.
Só para não deixar de falar das redações, acho que você misturou alhos com bugalhos. A política educacional do governo em momento algum orienta os corretores a deixarem passar erros. O que acontece é que se dá total liberdade aos mesmos para corrigirem da forma que eles quiserem, seguindo, obviamente, as normas do vestibular. Isso dá margem a muitos erros de avaliação, obviamente, mas da parte dos corretores, não do Governo Federal ou do PT, ou do Lula, né.
*O Lula tem vícios de linguagem
Para deixar claro de novo: anônimos vagabundos que entram neste Blog tão somente para odiar, xingar e achincalhar o que escrevo, a mim, ou meus familiares terá sempre seu comentário deletado. Se ao menos fosse homem ou mulher de colocar seu nome, eu também os apagaria, mas saberia de quem se trata. Poder não mais ter contato com odiadores baratos me engrandeceria em todos os aspectos. Não aturo palhaça de crianças. De gente adulta, então, não suporto. Não dou cartaz a cretinos. Não amplifico suas idiotices. Que o habitual idiota que vem aqui se sinta acolhido no lixo sempre. Pra cá que não volte.
Ao governo federal cabe cuidar dos seus cidadãos em todos os aspectos. Se você quer discutir o ensino superior, Daniel, topo. Foram construídas precisas 14 novas universidades no governo Lula. Dilma anunciou que criaria mais 4 em 2011. Veja este vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3q-LWbFArws... É a universidade federal de viçosa, inaugurada pelo 9 dedos. A situação está feia né. Aposto que se fosse você um dos estudantes ou professor da instituição não estaria feliz com o governo federal. Sorte sua não ser. Mais do que isso, várias das "novas" 14 universidades são modalidades de campis, algumas de ensino a distância. Trata-se, ora, ora, portanto, de contas maquiadas do governo. Retomo. Quando você diz para reitores que ou eles aderem ou receberam menos que outras instituições que aderirem, é óbvio, Daniel, que se obrigou a adesão. Ou você toparia brigar com o governo federal e o MEC?
Se você é petista ou não, tanto faz. A questão aqui não é essa. Não há análise subjetiva aqui. 1 - O Lula se expressa porcamente. 2 - Alunos desqualificados no trato com o vernáculo obtiveram nota máxima na redação do último Enem.
3 - O governo pressionou instituições públicas - e algumas particulares também a utilizarem o Enem de qualquer jeito. 4 - Em 11 anos de lulismo não se investiu em NENHUMA melhora na educação, assim como não NENHUM outro governante havia investido. Continuamos na párea da educação mundial. Lula é o artífice dessa nossa condição. Uns "enchergam" o fato. Outros não.
Hum... sei, rs. Competência em governar??? Isso por que você disse não ser lulista. Se fosse estaria quicando, imagino.
Ah! sim, se a política educacional do governo - aparentemente não existe uma, mas vá lá - dá total liberdade para a banca corretora, isso quer dizer que trata-se de orientação do MEC não interferir nas mesmas, o que quer dizer que em nome da suposta "liberdade", mas uma vez o governo deixou ao leo seua aspirantes a universitários. Se a culpa dessa boçalidade não é não é do MEC, não é do INEP, todos órgãos de responsabilidade do governo, na boa, não sei mais quem culpar. Já sei: que tal por a culpa no FHC e sua política neoliberal?
Pera, essa foi uma das universidades que entrou na greve geral, não foi um caso isolado. Os professores queriam melhorias nos planos de carreira - com todo o direito - mas isso não se deve à falta de recursos para a universidade, mas a uma política salarial do governo em relação aos seus servidores. Isso sim você pode criticar, mas vale lembrar que greves de servidores ocorreram em toda a história do país (e de outros!), não foi uma particularidade do PT. Pelo contrário, na gestão petista houve menor tensão entre essa classe de trabalhadores e o governo.
Em relação à infraestrutura e problemas com o número de servidores, bom, é normal haver carências a serem sanadas nos primeiros anos de uma universidade. Claro que isso se deve à pressa de inaugurar por motivos eleitorais, além da má gestão na obra, mas isso não evidencia descaso com a educação, só pouca preocupação com planejamento. Mais uma vez, não é uma particularidade do PT ou do Lula.
Quanto ao ENEM, a questão não é brigar, é querer receber recursos adicionais ou não. Os reitores que queriam fazer maiores investimentos nas suas faculdades, ou queriam cortar custos do vestibular, ou simplesmente achavam o ENEM melhor, aderiram. Pressão e vantagens oferecidas pelo governo sempre existem, e isso em todo o planeta. De fato, o estranho seria se não houvesse.
PS: Ao Governo Federal cabe cuidar dos seus cidadãos em todos os aspectos até onde seu âmbito toca. No âmbito da educação primária e secundarista, é aos Governos Estaduais e Municipais que devemos recorrer e cobrar.
Você não entendeu, não estou falando que ele é competente (ou incompetente), estou falando que não é pelos erros de linguagem do Lula que ele se desqualifica a um cargo político.
Liberdade dos corretores é um pressuposto em qualquer país que valoriza a liberdade de expressão. Os critérios são definidos nas próprias provas do ENEM.
Quanto ao FHC... mais uma vez alhos com bugalhos. Sou graduando de economia, com algumas tendências neoliberais e acho que muitas das políticas do Fernando Henrique foram necessárias para o Brasil crescer fora do ritmo stop-go, como acontecia antigamente. Enfim, não apoio nem o PT, nem o PSDB, entre os dois no segundo turno eu voto em quem está perdendo nas pesquisas. Se você colocar a culpa em alguém pelo sistema educacional no Brasil, o coloque no nosso sistema político.
Boa tarde, Gabriel e Daniel.
Algumas observações:
Daniel disse, em seu comentário inicial, que o analfabetismo diminuiu. Creio que deva-se ter cuidado ao utilizar essa assertiva. Primeiro porque, olhando de perto, logo se percebe que o fato de um indivíduo ter "passado de ano" até avançar para além das classes de alfabetização isso de forma alguma garante que ele verdadeiramente saiba ler e escrever corretamente.
Fora isso, não duvido que a matemática do governo seja beneficiada pelos óbitos dos idosos analfabetos (como minha avó, ainda viva) dos últimos, digamos, 9 anos. Hoje em dia é praticamente impossível algum cidadão se registrar como analfabeto, justamente por causa da formalidade proporcionada pela aprovação automática e demais irrigorosidades (também posso desafiar o português, certo?) do sistema público de ensino que mencionei no parágrafo anterior. Contudo, essa hipótese do impacto dos óbitos é particular. Acaba de me ocorrer.
Quanto ao argumento inicial desse segundo comentário do Daniel, que apontou a reivindicação de melhores salários por parte dos professores, preciso lembrar o seguinte: todo professor universitário da rede pública é concursado. Sabe muito bem o quanto haverá de ganhar, já entra sabendo. Interromper seu serviço para brigar por aumento é uma prática ridícula e covarde, pois só prejudica os alunos. Notoriamente as greves são incentivadas por sindicatos, que por sua vez servem ao governo socialista. A seta da culpa volta-se, assim, para a cara de Lula e Dilma.
Gabriel, só arrisco concordar com o Daniel - para quebrar o gelo (já que não temos os pensamentos alinhados) - quanto à culpabilidade do governo face à oferta de incentivo em razão da adoção do ENEM. Com efeito a prática de incentivo é válida. Infelizmente o objeto do acordo nesse caso, o ENEM, é uma porcaria.
Peraí.... Então quer dizer que os responsáveis por verificar os erros (corrigir seria apontar os erros e mostrar aos concursandos para que refizessem a redação aplicando os ajustes) têm LIBERDADE para NÃO desqualificar ou pontuar negativamente um texto recheado de erros de português?
Eu não vi a matéria sobre esse absurdo do ENEM, mas se é verdade que deram nota MÁXIMA, como um 100% de *** ACERTOS ***, ou seja, INEXISTÊNCIA DE ERROS DE PORTUGUÊS, para um texto que continha "'rasoavel', 'trousse', além de erros de concordância", então a banca examinadora do ENEM é tão canalha quanto a aprovação automática e está a serviço do emburrecimento da população, tal como foi apontado pelo artigo aqui do DDPE.
Em tempo: se a culpa dos problemas do sistema de educação é do "sistema político" e esse sistema está no poder há 9 anos, produzindo descalabros dessa monta, então é uma insanidade defender Lula como um bom governante, quando o assunto é, especificamente, educação.
Agora, deixando um pouco de lado a crítica aos críticos, hehe:
Penso que a revitalização do sistema de ensino depende de uma maior interação dos pais e responsáveis no processo educacional. Não deve mais ser tolerado que esses pais e responsáveis aceitem, por exemplo, médias tão baixas nas escolas públicas, por exemplo. Obviamente, já estamos numa geração de pais que foram formados por esse sistema miserável, já estão estragados. Assim, pode ser necessário operar uma cura de cima para baixo. Primeiro elevando o nível dos pais para que cobrem mais de seus filhos e suas escolas, para que a próxima geração cresça melhor.
Irmão, desta vez você está beeeeeem equivocado. Não em tudo, concordo com alguns pontos como as notas astronômicas do ENEM. Mas daí a dizer que o "lulismo" não investiu na educação????? Que nós, professores federais estamos, insatisfeitos??? Cara, desculpa, mas você precisa analisar estes problemas mais de perto pra saber como realmente são. Confiar só em notícias, de sabe-se lá qual fonte, te dá uma visão muito parcial da coisa. De fato tem uma coisa muito errada com o Brasil (or Brazil, whatever...): o (único, eu acho) governo "semi-analfabeto" foi, DE LONGE, o que mais fez pela educação do Brasil!!! Podia (e devia!!!) ter feito muito mais, ter feito de outras formas, mas fez!!! Então vamos lá, critiquemos os modos, tô dentro! Mas contra fatos, não há argumentos, e você precisa se informar melhor quanto aos fatos, irmão.
Aí está, você chegou ao ponto onde eu acho totalmente pertinente criticar o PT. Com uma agenda reformista antes de se eleger, Lula de fato "se rendeu" pelo sistema eleitoral brasileiro assim que assumiu em 2003, o protegido e aprofundado posteriormente, iniciando um pragmatismo político que vai além do razoável.
Quanto aos corretores, não é a minha área, não me meto a opinar. Talvez eles estejam errados, talvez as redações tenham sido tão boas que alguns erros passassem despercebidos, realmente não sei e nem quero ficar no achismo.
*Se rendeu ao sistema político brasileiro
A aprovação automática tem sido um pauta principalmente dos governadores e prefeitos do DEM e do PSDB. Tanto Haddad quanto Eduardo Paes acabaram com a aprovação automática quando eleitos, de forma que quem não se alfabetiza não passa de ano.
Certamente o óbito dos idosos analfabetos ajuda o governo, e é uma tendência quase que automática o analfabetismo cair sim, mas pela própria manutenção do ritmo de queda desde o governo FHC - que universalizou o acesso ao ensino primário - mostra que, no mínimo, não se tem diminuído os esforços em relação a esse tema.
Quanto aos concursos, essa é fácil. Está acordado nos contratos dos concursados que eles terão reajustes de acordo com as negociações com os sindicatos. Caso isso não ocorresse, os salários reais teriam perdas constantes e não valeria a pena entrar para o setor público.
Além disso, em relação aos professores, está havendo uma situação em que os profissionais com doutorado não estão querendo ingressar nas universidades, pois os planos de carreira atuais regulamentam muita demora nas melhorias profissionais e salariais. Tendo em vista a conjuntura, os professores reivindicaram ano passado um plano de carreira atraente para os doutores, a fim de não empobrecer o Ensino Superior.
Topo a contradança, Mirinho. Falarei somente dos indicadores do governo do 9 dedos – excluo o do poste – no que tange a educação brasileira:
De inicio, é bom saber que há professores federais satisfeitos com o que lhes foi oferecido pelo governo do 9 dedos. Vamos aos fatos: na comparação com os dados do censo escolar dos anos 2009 e 2010 (antepenúltimo e último da era 9 dedos) mostrou que perdemos mais de 1 milhão de matrículas nas redes públicas de ensino ( que todos nós sabemos não são boas), tanto no ensino fundamental quanto no médio, mesmo com a criação do FUNDEB, em 2007, que apesar de ser um programa recauchutado de um projeto do governo FHC, ofereceu por ano 260 mil vagas a menos que o antecessor.
Atenção, Mirinho! São dados do próprio Ministério da Educação.
Vamos ao Ensino Superior. O 9 dedos diz ter criado novas 14 universidades. Não é verdade. Dessas ditas 14, seis delas são rearranjos de universidades já existentes, como, por exemplo, a UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-árido), RN, que é a antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró, que funciona precariamente pois o governo federal aumentou o nº de vagas ao rebatizá-la, mas se esqueceu de oferecer infra-estrutura condizente. O que acontece? Oras, 50 alunos num laboratório ao invés de 20, no máximo. O nome disso é avanço, eu sei!
Até pouco tempo o governo afirmava ter aumentado o nº de universitários de 6 milhões em 2003, para 12 milhões em 2012, ou seja, teria duplicado. Só esqueceu de dizer que na verdade tratava-se de 6,5 de novos universitários e o resto, que não compõem nem com reza braba 12 milhões, estuda “à distância”. Ensino “à distancia” no Brasil atende pelo nome também de picaretagem. É o 9 dedos financiando médicos analfabetos pra você!
Na Ilha do Fundão, na UFRJ, após greves e mais greves, de certo, se nota um caos que segundo conhecidos piorou de 2006 pra cá. Não há nada. Nem pacientes. Nem material para estudo. A responsabilidade disso é de quem, Mirinho?
O desempenho dos nossos universitários piorou nos anos Lula. O desempenho, mesmo com as contas maquiadas pelo governo, dos nossos estudantes de ensino médio e fundamental só é melhor que o a Indonésia. Era bom antes? Não. Com Lula ficou bom? De jeito algum. Piorou? Ah!, e muito, e eu vejo diariamente isso no ISERJ, onde faço estágio. Aluno que na antiga 7ª série escreve “pesoas”, Perguntei lá se isso era normal. Descobri que são vários os alunos aprovados nas coxas, até por que reprovar 15 numa sala de 20 seria péssimo, certo. E assim vamos, num tempo de trevas, num tempo de maniqueísmos abobados, livrando a cara dos que nos tungam em nome não sei bem do que.
O Enem, símbolo maior da tragédia do MEC no período 9 dedos, deu conceito de 500 pontos em 1.000 possíveis para um aluno que “recitou” o hino do Palmeiras na redação do último Enem. Além de ter errado a letra do hino, o sujeito largou o seguinte: “hostenta”. Detalhe: ele ( o aluno) já havia sido aprovado para o curso de medicina numa universidade em São Paulo. É assim que o governo Lula tem falsamente melhorado o Ensino Superior. Incompetentes vão sendo aprovados no fundamental e médio. Chegam por um método torto a universidade. E depois?? Depois que se danem.
Mas repito, fico contente que exista quem esteja satisfeito com o que lhe é oferecido pelo governo federal. Fico contente que exista quem esteja contente com os rumos que a educação tomou no governo passado. Está ruim e vai piorar. Mas há felicidade, e felicidade é o que importa.
Abraços fraternais, velho e querido Mirinho.
O fim da aprovação automática talvez tenha sido uma das pouquíssimas boas obras do Eduardo Paes.
Pode ser que conste no contrato dos concursos que os salários sejam reajustados mediante negociação. Mas isso não deveria implicar em greve. Meu setor (informática) tem sindicato também, todo ano garante um reajuste, mas não orquestra greves para pressionar os patrões. Talvez os cabeças de um sindicato e de outro sigam cartilhas diferentes, ideologias diferentes.
Se a greve fosse inevitável - e eu ainda insisto que não é - que os professores lançassem mão do recurso ANTES do início do ano letivo, pelo menos. Como sempre acontece de a adesão não ser total, talvez os pais ganhassem a chance de mudar seus filhos de escola...
Depois que comentei por aqui é que vi o caso tosco da receita de miojo. Certamente a banca examinadora é mal intencionada. Se fosse simplesmente incompetente, ainda assim teria reparado na chacota.
Foi o que deixei claro no texto e nos comentários que fiz aqui: não se trata de erros isolados da banca e nem de meros erros humanos. Trata-se de método e o método de achincalhe com a Educação é obra sim do governo do 9 dedos. Daqui 20 anos veremos o efeito nefasto do desgoverno petista em todos os campos. Talvez o mais dramático a longo prazo seja na educação. Serão ignorantes diplomados as baciadas, todos desempregados, jogados por ai.
Só dois detalhes.
1- O ISERJ é uma instituição de educação mantido pela FAETEC, um órgão estadual. Não duvido de seu relato pessoal, até porque sabe-se muito bem da "prioridade" que o Sérgio Cabral dá pra educação.
2- Anos e anos de greve? Fora essa de 2011 (fora do mandato dos 9 dedos, como você gosta de zombar), a última, se não muito me engano foi em 2001, ainda no governo FHC.
Mais uma vez, suas acusações de contas "maquiadas" têm uma certa carência de credibilidade, por falta de fonte. Fora sua constatação de que se aumentaram o número de vagas excessivamente, sem o mesmo avanço em infraestrutura, tudo o que você disse está sob uma perspectiva extremamente subjetiva e pessimista.
Você confunde algumas coisas, exagera outras, para forçar um pensamento do que a educação foi "deixada de lado", quando o que se vê no geral é que houve um lento avanço. Insuficiente, medíocre, mas um avanço.
Bom, daí vai uma opinião sua, tudo bem, faz parte.
Só um detalhe, a greve das universidades públicas ano passado foi nacional, aqui no Rio foi total. E que diferença faria ter sido no início do ano? O Vestibular é só no final do mesmo.
Vamos lá, irmão...
Quanto a esses dados, gostaria de saber onde está isso no MEC, pois desconheço e acho muito estranho.
Quanto a este parágrafo sobre ens. superior e infraestrutura infelizmente tenho que concordar.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, EM SI, NÃO É PICARETAGEM!!! É algo levado muito a sério EM INSTITUIÇÕES SÉRIAS DE ENSINO!!! Muitos formam com muito mais qualidade que muito curso presencial por aí. Já trabalhei com isso, já estudei com isso, mas sempre via instituições sérias (UFF, UERJ, UFJF, IMPA, SBM, CAPES). Neste aspecto você está muuuuuito enganado. O único erro relativo a isso (e a muitos presenciais tb) é o MEC/CAPES ainda deixarem muito curso merda funcionando por aí.
A responsabilidade pelo Fundão é do governo 9 dedos, DA REITORIA, DA DIREÇÃO DO HOSPITAL, DOS DIRETORES DE INSTITUTO, DOS DIRETÓRIOS, DOS ALUNOS BUNDA MOLE QUE NÃO SE MOBILIZAM (grande parte é essa elite q vc tanto defende), etc.
"O desempenho dos nossos universitários piorou nos anos Lula." Quais são os indicativos que você tem disso? De fato, tenho essa impressão das universidades. Mas de impressão a fato há um longo caminho. Quanto a piora no ensino fundamental, me responda: Você prefere manter a qualidade no ensino mantendo na escola apenas aqueles que tem condições, de fato, de estudar ou admitir que haja uma queda temporária, resultado da inserção de gente quase que sem condições? Eu prefiro escolher a segunda e pressionar o poder pra se façam (RÁPIDO!) os devidos ajustes. Mas se valer de mais qualidade em tempos que rico e classe média estavam na pública e muitos pobres nem passavam perto da escola é uma puta covardia.
Quanto ao ENEM, mais uma vez tenho q concordar. Não há argumento em defesa desses absurdos. Mas não acho que o governo Lula melhorou o ensino superior. Está tentando melhorar o acesso. Por meios muito questionáveis, tortos... sim concordo. Mas dai a dizer que isso piora o ensino superior, pra mim é exagero. Nas universidades que eu frequento, quem se dava bem continua se dando bem. Quem se fodia nas provas continua se fodendo. E os cotistas vão levando como os outros, salvo algumas poucas exceções.
Mas não distorça o que eu disse. De fato, estou feliz com os rumos da educação, só não estou com a velocidade, que é muito lenta. Mas satisfeito NUNCA! isso vc pode apostar. Está ruim sim, mas menos pior que antes e vai melhorar sim. E muito, se a gente assim quiser e fizer por onde.
Abração, irmão!
obs: as faltas de acentos são culpa da Asus... rs
A diferença é o impacto na sequencia, na continuidade. Sendo no começo, prejudica menos porque não quebra o raciocínio.
Quando falei sobre mudar de escola, eu me referia aos segmentos primário e secundário mesmo, de acordo com a acepção da palavra escola amplamente compreendida. Já não estava falando apenas de greve de universitários.
Com licença, Altamiro:
Se o Gabriel é aluno universitário e você é professor, ambos possuem praticamente os mesmos "indicativos" para tomarem a impressão do baixo desempenho dos alunos. Não vejo porque ele teria que apresentar fatos.
Mas o pior mesmo foi a relação dicotômica do meio do comentário: ricos são inteligentes mas os pobres, que não o são, também merecem estar na escola.
Ninguém que tenha o senso de justiça no lugar se oporia à inserção na escola de todo e qualquer ser humano capaz de estudar. O que causa a miséria do ensino atual é justamente esse desprezo, essa negligência disfarçada de piedade, que conserva os burros (ricos e pobres), burros. O nível não vai subir enquanto não forçado a se elevar. Nem que pra isso precisemos nos tornar um país de repetentes.
Daniel, o que relatei sobre o ISERJ foi apenas uma amostragem do que falo no texto e nos comentários. Há picaretagem demais no método de aprovação de alunos, e a orientação para que isso ocorra veio de cima, como é sabido por todos que não querem pura e simplesmente enxergar - ou seria "enchergar" - a questão como política. Precisava o governo do 9 dedos de indicadores melhores pelo menos quanto a aprovação. Deu no que deu. Não falei de anos e anos de greve. Falei de greves e mais greves. Bom, sou mesmo subjetivo e pessimista em quase tudo que escrevo e faço. É uma das muitas falhas que tenho. Mas eu sei que mesmo que eu mostrasse fontes, e elas são publicações na Veja, Estadão e Folha, advindas de pesquisas de instituições não comprometidas como o governo, tenho certeza, elas seriam desacreditadas, talvez não por você, não sei, não o conheço direito, mas por vários. Para não lhes dar esse sabor de dizer que tudo o que se publica na Veja não presta, prefiro manter o que escrevo como minha opinião tão somente. Quase tudo que escrevi no Blog até hoje mira o futuro. Não, Daniel. Não foram tímidos os avanços que o governo Lula fez na educação. Ele simplesmente nada avançou. Com sorte, estaremos vc, eu, Bruno e o Altamiro pra vermos de pé a lenda de um bom governo por parte do 9 dedos ruir. Em todos os campos.
Os dados são fáceis de serem verificados. Vá ao site do MEC e faça a comparação com os anos anteriores que se notará a queda, mesmo com a maquiagem federal.
Oras Mirinho, se deixam instituições de merda funcionando, manchando assim o bom trabalho que na verdade poucas, raríssimas instituições prestam no ensino à distância, como posso estar enganado? O certo é fechá-las após dar um tempo para que apresentem algum resultado. Como elas nunca apresentam nada o 9 dedos resolveu continuar financiando-as, até pq são mais universitários nesse Brazilzão – assim mesmo cheio dos zes como gosta a banca de correção do Enem .
Mirinho gostando ou não você faz parte de uma elite. Não são todos que tem acesso ao Colégio que você e a Gisele estudaram. Mesmo que tenham entrado por motivos distintos, lá estavam no meio da elite. Eu, que não fiz parte dela, ainda assim não me mortifico. Nem ando por ai defendendo-a. Mas de certo não a quero morta para que os de classes tidas como inferiores progridam, como se houvesse ai relação de causa e efeito, até pq o que se tem feito é nivelar cada vez mais todos por baixo. Estou entre os que acham que Tristão e Isolda é para todos.
Não admito quedas temporárias. Não admito queda alguma. O certo é reprovar os que não atingem o esperado naquele determinado nível de ensino. É claro que o ideal é fazer isto numa escola melhor, com professores melhores e no meu entender de forma integral. Sair por ai aprovando idiotas não irá consertar nenhum dos vários defeitos que nossa educação mantém com distinção, garbo e nesse particular eficiência nórdica. Na verdade, acirrará as contradições. Cada vez mais os melhores lá em cima e os piores, formados nas coxas lá embaixo. Serão diplomados em medicina as pencas na polícia militar.
Não distorci o que você pensa e escreveu. No meu tom de sempre impliquei contigo. Óbvio que sei que satisfeito não é o termo que melhor define sua impressão sobre os rumos da educação. Queria ter sua convicção otimista de melhora. Não sou assim, Mirinho. Quem sabe você esteja certo. Quem sabe eu esteja.
Abraços fraternais, Mirinho!
Concordo que os efeitos são problemáticos e, tendo acompanhado as greves e negociações com o governo no ano passado - para além do que a mídia divulgava - era claro o desejo dos professores de evitar tanto a adoção da greve quanto a sua manutenção posteriormente. Afinal, ninguém quer ter que retomar a matéria depois de meses sem dar aula, nem trabalhar em janeiro.
Mesmo assim, devido à resistência do governo em aumentar os gastos correntes em 2011, foi claro o total fracasso dos motivos originais da greve, chegando ao ponto em que os próprios professores desistiram e retomaram as aulas sem suas reivindicações atendidas. Eu já estou tendo professores com mestrado só.
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