Fim
da linha para o comediante venezuelano. Quis o destino que o câncer, após
vários desserviços, prestasse um bom serviço para a humanidade e para a
Venezuela. Um amalucado a menos no mundo é sempre motivo de comemoração.
Fim da linha para o
caudilho usurpador. Esse era Hugo Chávez. Nada mais que um militar obscuro. No
ano 1992, Chávez tentou aplicar Golpe de Estado. Fracassou. Foi preso e mais
tarde anistiado. Neste particular se assemelha a Fidel Castro. A partir dali,
usufruindo da fama que adquiriu com a tentativa frustrada de golpe, utilizou as
armas da democracia para subverter a democracia torta venezuelana. Foi
vitorioso. Neste particular se assemelha a Perón. Sob seu domínio, o domínio do
mal, Caracas, a capital do país, por várias vezes foi eleita a cidade mais
violenta da América do Sul até ser suplantada por Maceió – O 9 dedos sempre foi
invejoso e deu essa rasteira no Comandante.
Sob seu domínio, o domínio
da suposta “Revolução Bolivariana”, embora fosse o único país do cone sul
americano a manter acordo econômico bilateral com os Estados Unidos, elegeu o
país como seu inimigo. Seus amigos eram a Rússia de Putin e Medvedev que mandam
envenenar inimigos e vendem armas (inclusive químicas) por todo o Oriente
Médio, o Irã de Ahmadinejah que gosta de jogar umas pedrinhas em mulheres
adúlteras e quer varrer Israel do mapa, a Argentina de Cristina Kirchner, a caloteira
ensandecida, o Brasil do 9 dedos da ilegalidade e outros. Como se nota, em
vida, o pateta venezuelano andava bem acompanhado. Morto, imagino, esteja mais
bem acompanhado.
Usando a retórica de
pobres contra ricos, fazendo uso de um falso esquerdismo, Hugo Chávez deixa
para o país que arruinou um futuro de incertezas. E um passado recente mais do
que ingrato.
No mês de outubro de 2012,
após ser reeleito pela terceira vez consecutiva presidente da Venezuela, Hugo Chávez
declarou apoio a Bashar Al Assad. Ele disse: “como não apoiar o governo de
Bashar Al Assad, se é o governo legítimo? A quem apoiar, os terroristas?” Pra
quem não é iniciado em política internacional, Bashar Al Assad é o ditador que
governa a Síria desde do ano 2000. Lá, há mais de dois anos o tirano Sírio, com
o auxílio de Chávez que já lhe mandou petróleo de graça, promove uma Guerra
Civil contra os insurgentes da chamada Primavera Árabe.
Essa laia a qual Hugo pertencerá para todo sempre fez os bons rirem, os venezuelanos chorarem, e da loucura um método. Chávez sempre se viu e propagava a idéia que era um novo Simon Bolívar, um libertador dos oprimidos venezuelanos. Bolívar morreu descrente com o continente americano e declarou que o único gesto sensato a se fazer era migrar dessas plagas. Chávez foi sensato. Migrou para sete palmos de baixo da terra. A Revolução Bolivariana do Adubo.
Essa laia a qual Hugo pertencerá para todo sempre fez os bons rirem, os venezuelanos chorarem, e da loucura um método. Chávez sempre se viu e propagava a idéia que era um novo Simon Bolívar, um libertador dos oprimidos venezuelanos. Bolívar morreu descrente com o continente americano e declarou que o único gesto sensato a se fazer era migrar dessas plagas. Chávez foi sensato. Migrou para sete palmos de baixo da terra. A Revolução Bolivariana do Adubo.

Chorão era um artista ok.
Num país repleto de subcelebridades e artistas abaixo da crítica, ser um
artista ok é melhor que nada. Como todo morto é tratado melhor do que quando
vivo, hoje Chorão foi tratado e reverenciado pelo o que não era. Oras, poeta
ele não era. Um grande cantor ele não era. Poeta era Murilo Mendes. Poeta era
Mario Quintana. Cantor era o Freddy Mercury. Cantor era o Sinatra. Querem um
nacional? Cantor era o Tim Maia. Querer chorar a morte de, vá lá, um ídolo é
legítimo. Passar verniz falso no choro não é.
Não sei do que morreu
Chorão. Suicídio? Drogas? Depressão? Sei que ele era primo da nefasta Sonia
Abraão e que o marginal – no 5º sentido da palavra no dicionário hoauiss,
cambada – Mano Brown era seu fã. Sendo primo de quem era e tendo o fã que
tinha, havia algo errado com o Chorão. Faltou em vida descobrir o que.

4 comentários:
Não sou aprofundada na história do Chávez mas o pouco que estudei e li, até então, um outro grande bosta que tapa trocentas cagadas frisando o tempo todo uma ou duas coisas boas do governo. Mas é uma boa crítica, a começar pelos nomes supracitados a quem ele tinha alianças, governamentais ou "emocionais".
E quanto ao Chorão, esperava um texto mais delongado. Essa resenha não foi suficiente pra explicar que o cara era um nada absoluto e que nessa porra de país a hipocrisia é dominante e qualquer frasezinha a la "Clarice Lispector" torna um asno em um alasão de primeira categoria pra pessoas com o QI de uma ameba.
Estes dois óbitos só me fazem pensar isso, no momento:
Morre gente todos os dias, das mais diversas causas, muitas delas sociais. Mas só as dos sujeitos com um mínimo de fama é que efetivamente prendem a atenção do povo, que não pode fazer nada quanto a essas e não quer fazer nada quanto àquelas.
Sarah, já que você parece concordar com o que escrevi sobre o Chávez, me concentrarei sobre o que escrevi e sobre o que você explanou sobre a morte do Chorão. A ideia - e aqui não vai demérito algum ao morto - era escrever mais sobre o Chávez, que afinal de contas é minha seara, do que sobre o Chorão. A nota curta é proposital! Não o acho um nada absoluto, mas de certo era jamais chegou e jamais chegaria ao patamar ao qual foi incensado ao falecer.
Venha sempre no blog, Sarah. abrçs...
A fama é tudo aqui e em qualquer lugar do mundo. A espetacularização da morte!
Postar um comentário