quarta-feira, 6 de março de 2013

A Revolução Bolivariana do Adubo e o choro dos fãs chorões do Chorão.


Fim da linha para o comediante venezuelano. Quis o destino que o câncer, após vários desserviços, prestasse um bom serviço para a humanidade e para a Venezuela. Um amalucado a menos no mundo é sempre motivo de comemoração.
 O Pateta. 
Fim da linha para o caudilho usurpador. Esse era Hugo Chávez. Nada mais que um militar obscuro. No ano 1992, Chávez tentou aplicar Golpe de Estado. Fracassou. Foi preso e mais tarde anistiado. Neste particular se assemelha a Fidel Castro. A partir dali, usufruindo da fama que adquiriu com a tentativa frustrada de golpe, utilizou as armas da democracia para subverter a democracia torta venezuelana. Foi vitorioso. Neste particular se assemelha a Perón. Sob seu domínio, o domínio do mal, Caracas, a capital do país, por várias vezes foi eleita a cidade mais violenta da América do Sul até ser suplantada por Maceió – O 9 dedos sempre foi invejoso e deu essa rasteira no Comandante.

Sob seu domínio, o domínio da suposta “Revolução Bolivariana”, embora fosse o único país do cone sul americano a manter acordo econômico bilateral com os Estados Unidos, elegeu o país como seu inimigo. Seus amigos eram a Rússia de Putin e Medvedev que mandam envenenar inimigos e vendem armas (inclusive químicas) por todo o Oriente Médio, o Irã de Ahmadinejah que gosta de jogar umas pedrinhas em mulheres adúlteras e quer varrer Israel do mapa, a Argentina de Cristina Kirchner, a caloteira ensandecida, o Brasil do 9 dedos da ilegalidade e outros. Como se nota, em vida, o pateta venezuelano andava bem acompanhado. Morto, imagino, esteja mais bem acompanhado.

Usando a retórica de pobres contra ricos, fazendo uso de um falso esquerdismo, Hugo Chávez deixa para o país que arruinou um futuro de incertezas. E um passado recente mais do que ingrato.

No mês de outubro de 2012, após ser reeleito pela terceira vez consecutiva presidente da Venezuela, Hugo Chávez declarou apoio a Bashar Al Assad. Ele disse: “como não apoiar o governo de Bashar Al Assad, se é o governo legítimo? A quem apoiar, os terroristas?” Pra quem não é iniciado em política internacional, Bashar Al Assad é o ditador que governa a Síria desde do ano 2000. Lá, há mais de dois anos o tirano Sírio, com o auxílio de Chávez que já lhe mandou petróleo de graça, promove uma Guerra Civil contra os insurgentes da chamada Primavera Árabe.


Essa laia a qual Hugo pertencerá para todo sempre fez os bons rirem, os venezuelanos chorarem, e da loucura um método. Chávez sempre se viu e propagava a idéia que era um novo Simon Bolívar, um libertador dos oprimidos venezuelanos. Bolívar morreu descrente com o continente americano e declarou que o único gesto sensato a se fazer era migrar dessas plagas. Chávez foi sensato. Migrou para sete palmos de baixo da terra. A Revolução Bolivariana do Adubo. 

 O chamado





Chorão era um artista ok. Num país repleto de subcelebridades e artistas abaixo da crítica, ser um artista ok é melhor que nada. Como todo morto é tratado melhor do que quando vivo, hoje Chorão foi tratado e reverenciado pelo o que não era. Oras, poeta ele não era. Um grande cantor ele não era. Poeta era Murilo Mendes. Poeta era Mario Quintana. Cantor era o Freddy Mercury. Cantor era o Sinatra. Querem um nacional? Cantor era o Tim Maia. Querer chorar a morte de, vá lá, um ídolo é legítimo. Passar verniz falso no choro não é.

Não sei do que morreu Chorão. Suicídio? Drogas? Depressão? Sei que ele era primo da nefasta Sonia Abraão e que o marginal – no 5º sentido da palavra no dicionário hoauiss, cambada – Mano Brown era seu fã. Sendo primo de quem era e tendo o fã que tinha, havia algo errado com o Chorão. Faltou em vida descobrir o que. 


4 comentários:

Unknown disse...

Não sou aprofundada na história do Chávez mas o pouco que estudei e li, até então, um outro grande bosta que tapa trocentas cagadas frisando o tempo todo uma ou duas coisas boas do governo. Mas é uma boa crítica, a começar pelos nomes supracitados a quem ele tinha alianças, governamentais ou "emocionais".

E quanto ao Chorão, esperava um texto mais delongado. Essa resenha não foi suficiente pra explicar que o cara era um nada absoluto e que nessa porra de país a hipocrisia é dominante e qualquer frasezinha a la "Clarice Lispector" torna um asno em um alasão de primeira categoria pra pessoas com o QI de uma ameba.

Bruno Linhares disse...

Estes dois óbitos só me fazem pensar isso, no momento:

Morre gente todos os dias, das mais diversas causas, muitas delas sociais. Mas só as dos sujeitos com um mínimo de fama é que efetivamente prendem a atenção do povo, que não pode fazer nada quanto a essas e não quer fazer nada quanto àquelas.

Gabriel Amaral disse...

Sarah, já que você parece concordar com o que escrevi sobre o Chávez, me concentrarei sobre o que escrevi e sobre o que você explanou sobre a morte do Chorão. A ideia - e aqui não vai demérito algum ao morto - era escrever mais sobre o Chávez, que afinal de contas é minha seara, do que sobre o Chorão. A nota curta é proposital! Não o acho um nada absoluto, mas de certo era jamais chegou e jamais chegaria ao patamar ao qual foi incensado ao falecer.

Venha sempre no blog, Sarah. abrçs...

Gabriel Amaral disse...

A fama é tudo aqui e em qualquer lugar do mundo. A espetacularização da morte!