Vocês já pararam pra pensar de onde veio o nome “Cidade Maravilhosa”, alcunha que é utilizada para designar o Rio de Janeiro em todo mundo? Não? Nem eu tinha, até começar a escrever esse texto. Como muitos fatos da história, ainda permanece a dúvida se foi por causa do escritor Coelho Neto ou pela poetisa francesa Jeanne Catulle Mendes, ambos utilizando o apelido para falar das belezas naturais e do povo carioca que sempre foi conhecido por sua hospitalidade, alegria e até um pouco pela sua malandragem característica.
Bem, infelizmente não é isso que temos visto nos
noticiários. Eu tento não me alienar e procurar essas notícias em diversos
sites, com diferentes ideologias, mas é um consenso que existe uma nova “moda”
na nossa cidade e eu não me orgulho nem um pouco disso: ou as pessoas estão defecando para os ciclistas e os atropelando ou as
mulheres estão sendo vítimas de estupros quase que diariamente. Uma
vergonha para nossa cidade, que além de ser conhecida como “Cidade
Maravilhosa”, está prestes a receber diversos eventos internacionais como a
JMJ, que vai trazer o papa Francisco I pra cá, a Copa do Mundo e também as
Olimpíadas.
Cabe dizer que eu poderia falar do tráfico de drogas, da
violência que não para de crescer, mesmo com as UPPs nas partes mais ricas da
cidade fazendo um trabalho razoável, e de muitos outros problemas, mas vou me
ater aos dois temas mais recorrentes atualmente porque chega a ser ridículo, um
país que pretende ser de “primeiro mundo” (o termo está em desuso, mas facilita
o entendimento) ter tanta recorrência de casos grotescos como estes. Esse é o Rio de Janeiro que queremos?
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Não pretendo discutir governante também (os nossos são
patéticos e todo mundo sabe), nem quem foi o culpado dos atropelamentos, mas é
fundamental que haja uma melhora não só no comportamento dos ciclistas, que
acham que podem fazer o que quiser, como também no treinamento dos motoristas
que por terem o maior veículo, jogam eles pra cima de todos os outros carros e
pedestres, avançam sinais, etc. Cabe aos ineptos que estão no poder melhorar as
fiscalizações, fazerem novas ciclovias, melhorarem o treinamento dos
motoristas. As punições devem ser severas, caso a culpa leve a fatalidades. Mas isso vai fazer dinheiro entrar no bolso dos governantes?
Não, então eles nem ligam.
Sobre os estupros, os casos são ainda mais alarmantes. Recentemente
tivemos o caso revoltante da turista, que foi estuprada por três homens (será?) dentro
de uma van, enquanto seu namorado apanhava e assistia a cena. Além disso, o
número de estupros se multiplicou assustadores 36% se comparados a 2012 e chega a ser até triste
fazer uma pesquisa e ver quantas mulheres foram vítimas de canalhas como esses.
Não queria falar e ser repetitivo, mas já falando: pena de morte é fundamental pra esses
vagabundos.
Chegamos ao extremo: dois casos aconteceram dentro da UERJ,
faculdade onde eu estudo. Uma jovem foi estuprada no estacionamento, durante
uma festa e pior: por um aluno da instituição, porque supostamente esse ficou “revoltado”
porque ela beijara outra menina e fez isso pra ela aprender a gostar de homem. Patético!
E essa semana, enquanto eu tinha aula, novamente houve uma
suspeita de estupro na minha faculdade. E quando eu acho que para por aí,
passo pela minha portaria com o fone de ouvido no máximo volume e meu porteiro
está com uma cara de horrorizado com o que ouvira no rádio: uma mulher pegou
uma carona com três homens, foi levada para uma casa e estuprada por 20 homens
após uma festa de torcida organizada.
Mas o que está acontecendo com a nossa cidade? O que está
acontecendo com os homens cariocas? Ao invés de estarmos melhorando, estamos
regredindo. Não digo nem de volta pra época das cavernas, pois seria uma
sacanagem com os homo sapiens, etc. Essa gente não é digna de comparação com
nossos ancestrais macacos. Devolvam a
minha Cidade Maravilhosa, com boas notícias sobre o futebol, belezas naturais
ou ganhando os vários prêmios que ganha pelo mundo. Por favor!
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