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Se há culpa, só posso creditá-la, se confirmada a teoria do adolescente assassino e suicida, a um imenso distúrbio. Para isso não existe remédio nem precaução. Só prevenção, caso seja detectado o distúrbio a tempo. Como no caso do Massacre de Realengo, ninguém notou. Não houve chance.
Quem pode dizer que vida levava aquela família? Ninguém. Os que podiam desvendar o cotidiano dos Pesseghini eram os próprios. Morreram. Todos morreram. Uma pena! Uma lástima! Mais uma em meio a tragédias demais no Brasil. Matamos demais. Matamos por motivos banais. Matamos sem motivos.
Desta tragédia, o suposto jornalismo faz seu carnaval. Bota pra debaixo do tapete outros infernos que vivemos. Ganham pontinhos preciosos na audiência programas de gosto duvidoso, que se espalham pelas manhãs e tardes da TV aberta. Sangue nos jornais. Sangue vende. Posso entender que as contas precisam ser pagas e que existe quem gosta de assistir essas tranqueiras, ler sobre a morte. Mas respeitar este gosto pelo sangue dos outros eu não respeito. Deficiência minha.
Onde está Amarildo vai para a página 20.
Como se não fosse pouco termos uma família toda assassinada por um menino de treze anos, como se não fosse pouco ter quem jure de pé junto que quem os matou foi o PCC e que a polícia, sabe-se lá com que intuito, está encobrindo os reais autores da chacina; como se não fosse pouco a crise que passa o jornalismo dito sério, muito mais por ter feito concessões a ninjas botocudos e estatais do que por crise de conteúdo; como se não fosse pouco o quanto matamos, temos um tal de Carlos Latuff. Sim, dou cartaz a este ser!
Se há quem esteja disposto a tê-lo como pensador, me dou o direito de tirar uma casquinha dele e espezinhá-lo, do mesmo jeito que ele fez com a tragédia dos Pesseghini's.
Abaixo o que este ser disse, sem se arrepender. Latuff é cartunista que vez por outra colabora com seus rabiscos para a Revista Cartilha Capital, do (sic) jornalista Mino Cartilha. Julguem-no se certo ou errado vocês, nos comentários. Meu juízo está mais do que dado.

Todas as tragédias e infortúnios que sofremos, para alguns é só motivação para saírem da sombra do anonimato. Seus 15 minutos de fama estão ai, farsante!
1 DIA
Amanhã, com sorte, faço aniversário. Parabéns pra mim! A data é festiva. Gosto de comemorar e farrear. Minha família e meus amigos sabem disso.
Mas o azar existe. Faz alguns anos, nessa mesma data, dia 07/08, Erick, grande amigo, foi assassinado a facadas em Goiânia. Enquanto eu e alguns amigos comemorávamos meu aniversário, um amigo, outra pessoa, era assassinada por nada, na verdade assassinada por que alguém queria matar e matou. Não sei se o assassino foi preso. Acredito que não.
Sei que a mãe do Erick tinha tirado o filho do Rio por causa da violência. Queria que ele vivesse mais e melhor. Não deu. Ela perdeu o filho e eu perdi um amigo.
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Maurício de boné, eu dando língua e Erick, de óculos escuros - Cabo Frio, Carnaval. |
Um abraço, Erick!
4 comentários:
Quanto ao menino deve ter sido criado adorando e vendo armas dentro de casa, existe também o lado mental,ele poderia ser doente e ninguém tinha tempo para olhar para ele já que os pais eram policiais e talvez não tivessem tempo para tomar conta dele e ainda ensinaram ele a atirar. Meu pai foi policial civil e eu nunca via onde ele guardava a arma quando chegava em casa, modernidade, internet, jogos violentos, não acho que seja nada disso e sim falta de vigilância da família, curiosidade, desejo de fazer justiça ou até mesmo de perder os pais nesse mundo em que vivem os policiais. Quanto ao Amarildo, não sabemos se é uma vítima ou mais um marginal que se foi e como sempre estão aproveitando o momento para botar a culpa em todos.Sim estão matando a toa, eu como mãe só peço a Deus proteção para meus filhos quando saem de casa. Muito triste esse mundo em que estamos vivendo, ainda tem a mulher que matou a mãe para roubar o bebê, enfim falta amor e Deus no coração de muita gente, vários jovens deram um belo exemplo na jornada Mundial da Juventude, foi lindo de se ver paz, união, devoção etc... É amigos só Deus salva esse mundo.
É deplorável o que aconteceu essa semana com o fim dessa família, onde um adolescente , por descuido ou preparo dos pais , estava adestrado à usar uma arma com tanta precisão, como se estivesse se preparado para atacar o inimigo,quem era este inimigo? pois , preparo extremamente grande tinha.Todavia , venho ressaltar aqui , apesar de à mídia ser um verdadeiro papagaio , que esta barbárie está dando ibope porque a família é de pele branca , como se esse caso não fosse e não fizesse parte de todas as famílias de pele branca do país.Todavia , gostaria de ver este repeteco todo se fosse de família negra , ai sim , a mídia não ia dar muita importância como se isso fosse normal na rotina desta população.
O menino era doente e cresceu em um ambiente inóspito, receptivo para a violência. Matou a todos e se matou num ato de descontrole.
Qualquer outra teoria da conspiração é balela, até que seja plenamente provada.
Não que eu tenha mudado de opinião, mas depois de ter lido mais sobre o caso, visto a posição dos cadáveres e outros detalhes, me parece que algo está faltando na tese do garoto-assassino. Pode ter sido ele. Deve ter sido ele.Infelizmente. Mas pra sempre, creio, jamais saberemos o que de fato aconteceu naquela casa.
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