quinta-feira, 15 de maio de 2014

A Copa do Mundo dos trouxas

O ano era 2007. A rede social o finado ORKUT. A comunidade chamava-se Não as Olimpíadas Rio 2016 ou algo do gênero. Posso estar sendo traído pela memória. Mas o mote era esse. Já sabíamos, aquela altura, que o Brasil receberia a Copa do Mundo de 2014. Usando a arma de comunicação em massa que tínhamos, botamos a boca no trombone. 

PS:
Achei a prova do crime 

Eu sabia - todos naquela comunidade sabiam - que espetáculo cretino estava por vir. Na comunidade, por sorte, fiz amigos, alguns que jamais vi pessoalmente. Ah!, bons tempos! Num tempo que os boçais de estado se acotovelavam na praia de Copacabana para comemorarem suas derrocadas como cidadãos, eu e mais meia duzia de reacionários e antipatriotas - assim éramos tratados à época - estávamos do outro lado da trincheira, atirando no governo do presidente 9 dedos e seus cupinchas. 

A maré virou. Quem era a favor, agora é contra. Destroem o que podem, de bancos a lógica, em nome de coisa alguma. Aderem a barbárie com a mesma frouxidão moral a que aderiram a favor do que hoje criticam. Seguem a cartilha de sempre. Tentam na base do grito e do quebra-quebra passarem liquid paper (alguém ainda usa?) no próprio passado. Eu deveria ter guardado a desfaçatez de suas adesões, felizes e contentes com a "vitória" do Brasil em trazer a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Se há um esporte no qual somos imbatíveis é na hipocrisia de tiro curto. 

A maré, repito, virou. No popular, o pau está cantando! A confusão está dada. Os trouxas estão no comando. Se subdividiram. São todos contra tudo, mas não sabem o que querem. Dos black blocs, ou anarco-trouxas aos motoristas de ônibus, que sequer sabem o melhor momento e melhor forma de deflagarem uma greve. Os trouxas motorizados. Alguns com suas indefectíveis luvinhas. Dos professores que querem um aumento justo, mas ainda não entenderam como se negocia com um governo calhorda. Não que no sindicato dos professores não há calhordas. Há aos montes. É só pegar a ficha de filiação partidária de seus dirigentes e constatar que se trata de um jogo político. Os professores e os alunos que se danem. O negócio é fazer o governo sangrar, pensam eles. Os trouxas paulofreirizados. 
Protesto Rio de Janeiro (Foto: Christophe Simon/AFP)
Protesto hoje, 15/5/14 no centro do Rio, de professores e rodoviários em greve. Olhem as bandeiras empunhadas! A legenda poderia ser: as bandeiras da ilusão do trouxa latino-americano
Quem ganha com essa zona toda? A FIFA? A CBF? O governo? Os partidos de oposição? Os voluntários para Copa, a exemplificação mais sublime do último estágio, o último Dan da trouxidão (forcei no neologismo)? 


Quem perde com essa zona toda? Centro da cidade do Rio sitiado, de novo. Aulas interrompidas ou a meia-boca, greves, ônibus lotados, estádios superfaturados, obras superfaturadas e entregues de qualquer jeito, greve de policiais no Recife, depredações... 
Foto: Curta TV Revolta
Precisa dizer mais? 
200 milhões de trouxas em ação. Pra frente Brasil! 

Como faço desde 1998, vou torcer é para Holanda. Sinal de que também sou um grande de um trouxa. Essa também é minha Copa. 



4 comentários:

Jacir disse...

E tem gente que não vê... E nem lê porque tem c. frouxo (mas pelo jeito tem vergonha, pois não se identifica).

Gabriel Amaral disse...

Essa gente... Antes eu os enxotava, mas eles sempre voltavam - e voltam - por gosto. Todo mundo sabe que boçal anônimo leu o texto. Do contrário não teria se dado ao trabalho de comentar. E é cagão! Nunca se identifica. Uma lástima até mesmo para o padrão esquerdopata, que desprezo, mas ao menos não se esconde.

Anônimo disse...

Como que o cara é reaça se é preto? Se não fosse pelos coxinhas esquerdopatas de antes estaria agora na senzala fazendo feijoada

Gabriel Amaral disse...

Não tenha vergonha, meu filho. Bota o nome ai. Dê um ar de alguma coragem a suas ideias abiloladas.