Essa
semana tivemos o anúncio que o triste fim da rede social Orkut acontecerá no
dia 30 de Setembro. Criada pelo Google no ano de 2004 por um funcionário de
mesmo nome e que fez sucesso demais, principalmente no Brasil, onde se
encontrava o maior número de usuários, até mesmo no seu final, com o Orkut já “às moscas”.
A
reação dos brasileiros foi quase igual a uma morte de um amigo próximo.
Surgiram diversos comentários saudosistas no Facebook. Em alguns sites onde todos
relembravam as diversas brincadeiras por meio de imagens e de textos
engraçados, as invasões de perfil e os depoimentos (que saudade de receber um!)
foram relembrados por vários amigos que se declaravam diariamente ou “invadiam”
para deixar diversos ‘eu te amo amigo(a)’, que era mais vulgarizado que não sei
o que. Cabe dizer que até petição foi feita para que a rede social não pare de
funcionar. Inclusive quem quiser, segue o link: https://secure.avaaz.org/po/petition/Google_Nos_pedimos_ao_Google_que_nao_encerre_a_rede_social_Orkut/?cBycagb
Eu
“fui criado” na internet pelo Orkut. No alto dos meus 22 anos, não cheguei a
pegar as salas de bate papo cheias de pedófilos e também não tive um ICQ.
Recebi um convite da minha irmã, que gastou um dos dez que recebeu (inovação
para aquele longínquo 2004) e entrei nesse novo mundo da internet do qual nunca
mais saí. É sério, eu nunca mais saí.
A
cada comunidade engraçada era um “ei mãe, entrei nessa comunidade aqui” e foi
nessa rede social que aprendi a mexer na internet e muitos dos macetes e bobeiras
que vi por lá, até hoje estão comigo. Quem nunca falou ou não fala VÃO SE
FODEREM? Quem nunca riu do menino da comunidade da Lavínia? Quem nunca fez
piada com o país (aqui tem piscina vem Canadá) ou ria dos idiotas que faziam
isso? Quem nunca roubou um topo de um amigo? E quem nunca entrou num “beija ou
passa”?
Mas
a maior herança que o Orkut deixou, na minha opinião, é algo que falta hoje em
dia: o próprio “mundo do Orkut”.
Vivemos em um tempo chato, onde por tudo as pessoas se ofendem, tem sempre
alguém “cagando regra” e arrumando briga por qualquer motivo. Ou fazendo uma
postagem imensa reclamando de algo redundante com o objetivo de angariar
curtidas. A linha do tempo, que não
existia na época do Orkut, fez com que as pessoas tivessem a necessidade de querer
parecer o que não são. Isso me dá uma saudade eterna dos emos, com seu nome
de Srto. Miguxo ou algo similar.
Não
sou hipócrita de dizer que prefiro a estética do Orkut, já que o Facebook
facilitou e muito na comunicação entre as pessoas (inclusive assassinando
também o saudoso MSN) e hoje em dia é fundamental para qualquer pessoa
sobreviver nesse mundo. No entanto, ao invés de progredirmos na internet,
parece que houve um retrocesso e estamos nos tornando cada vez mais chatos.
Somos mais caretas, mais hipócritas e cada vez mais desprezíveis. O Orkut eu
até dispenso, mas como eu queria que aqueles tempos mais simples e alegres
voltassem.
3 comentários:
Pra mim o Orkut era no começo uma inovação e, como se tornou uma febre no Brasil, como tudo que é febre aqui, se tornou uma tragédia. Este fim é o que prevejo para o twitter. Não para o Facebook que me parece mais maduro para sobreviver as tempestades do mundo digital. Adeus, Orkut. Por mim, sem saudades.
o facebook é o paraíso da classe mérdia que pode exibir suas fotos ao lado da torre eifel ou cheio de sacolas num xopim de maiami
Então continue la... la não tem ninguem, por outro lado ninguém le as merdas que vc escreve, ou seja, dá na mesma
Postar um comentário