terça-feira, 30 de abril de 2013

Como na inquisição. Ou: queimando em nome dos pobres!


Quatro facínoras são necessários para atear fogo numa mulher trabalhadora, numa chefe de família. Onde estão as feministas? Morreram? Morreram.

Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, dentista, morreu queimada, como se na inquisição estivéssemos. Vagabundos – a maior classe social do país – inconformados que a pobre tinha míseros R$ 30,00 na conta decidiram torná-la brasa humana.

Eram em quatro. Uma quadrilha. Um deles, menor de 18 anos. 

Sobre o menor idade, dizer o quê? Assumiu que é o maníaco por trás da morte bárbara. Somente se provado que  é perigoso passará 3 anos - 3 anos no máximo! -  vendo TV a cabo as custas de pais que enterraram a filha em caixão fechado.  Caso o "demenor" se comporte bem, poderá sair em menos tempo. Com ficha limpa, ou seja, poderá ser quem quiser, afastado até mesmo mentalmente do seu crime ou crimes, porque assim lhe faculta o ECA que lhe deu o direito também de se manter anônimo. Mais uma vitória progressista!
Polícia Civil prende os três suspeitos de atear fogo e matar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza durante um assalto na manhã desta quinta-feira (25), em São Bernardo do Campo
O menor, o piromaníaco. Nome e cara protegidos pelo ECA. 


Ao saber que entre os acusados havia um menor de idade, instintivamente os bons moços e as boas moças, os progressistas que querem nos salvar, destilaram comentários abismantes nos sites de notícia, no facebook, no twitter, repetindo tudo o que aprenderam nas universidades da vida. Vaticinaram que os acusados, sobretudo o menor de idade, são filhos da pobreza, filhos do descaso dessa burguesia exploradora e usurpadora, por isso fizeram o que fizeram.  
Isso tem nome: chama-se preconceito! Na cabeça dos amigos do povo, bandidos que cometem barbáries necessariamente são pobres desprovidos, do contrário não agiriam assim. 

Para azar dos progressistas nacionais, entre os acusados, sabe-se, um vive bem, tanto é assim que sua mãe acabara de comprar um veículo modelo 2013, valor aproximado de 110 mil reais. Se eu fosse um progressista diria que a polícia precisa investigar essa mãe também e saber com quais recursos ela comprou o carro. Sabe como é... Mãe de bandido, bandida é. 

O progressismo à brasileira mata e é preconceituoso. É ruim e requentado como tudo que é à brasileira. Neste progressismo estão os que se dizem contrários a pena de morte, contrários a diminuição da maioridade penal, contrários ao direito do cidadão de bem portar uma arma, ainda que em casa. Arma só serve na mão de bandido pobre! São contrários ao que se chama de pensamento conservador, mas favoráveis a descriminalização das drogas. 
Os pais da dentista. Dois perdidos num país asqueroso. Mas não contem para os progressistas que este dois sofrem! 
Um dia, quem sabe, eles estejam do meu lado e passem a defender a limitação da venda de caixas de fósforo e isqueiros, de álcool ou outro material inflamável. Como se sabe, quem verdadeiramente mata é essa industria burguesa de materiais inflamáveis, sempre instigando os pobres piromaníacos, torturados pelo luxo e pela soberba das dentistas da vida. 

12 comentários:

Marcus Vinicius disse...

Quanto ao menor, não tem o que falar.
Tem que ser julgado como adulto e pronto.

Quanto aos progressistas, um bando de hipócritas defendendo essa raça imunda de assassinos, estupradores e tudo mais.
Não sei da onde essas pessoas tiram essas idéias de defender quem faz uma coisa dessa.
Eu particularmente como sou claramente a favor da pena de morte, e essa foi uma morte além de estúpida foi sem motivos, então eu colocaria os 3 "adultos" para a morte, e o menor 30 anos de cadeia.
Ué tratamento diferenciado? Sim, por ser menor acho que a pena de morte não se aplicaria, pensando também na mãe, pai e pessoas ligadas a este verme.

Gabriel Amaral disse...

Quem o dia que não precisemos mais falar sobre a situação insólita do menor. Marcus, meu caro, há quem bata o pé e diga que o coitado merece é tratamento VIP, afinal de contas que mal há em "isqueirar" alguém, como o mentecapto mesmo disse a polícia?
Você ainda é mais bonzinho do que, Marcus. Que mané mãe e pai do menor! É pena de morte pros 4 vermes.

Os progressistas são assim, Marcus. Bons de papo pró-bandidagem. Ruins de lógica. Até o dia que "isqueirarem" a mãe deles...

Bruno Linhares disse...

Duas injustiçadas: a dentista, vítima dos marginais e a inquisição, vítima da desinformação.

Gabriel Amaral disse...

Bruno, a inquisição não foi injustiçada por mim. É fato que nelas pessoas foram queimadas, assim como foi a dentista. A comparação morre ai.
Abraços!

Unknown disse...

Redução Penal e Pena de Morte são fundamentais para qualquer país sério. E contra isso não há argumentos.

Se tem discernimento pra matar uma mulher inocente de forma tão cruel, pode e deve ser julgado como um adulto.

Gabriel Amaral disse...

Estava discutindo isso com o Gustavo hoje. Aparentemente ele e tantos outros como ele pensam que dá pra concertar algo 1º investindo na já´batida educação do povo para depois punirquem tem que ser punito. A lógica é falsa. Primeiro é preciso sufocar os criminosos de qualquer classe social, puní-los de acordo com o crime que cometeram, pra só depois começar a conserta a sociedade, que sim, está doente. O resto é esquerdismo bocó!

Unknown disse...

Acredito que tais pessoas não podem está na nossa sociedade, mesmo presos ainda sendo sustentado pela população, isso é um absurdo se o "animal" tem a mente tão doentia ao ponto de queimar uma mulher, sem se preocupar com nenhum membro de sua família por ser questionar a quantidade de dinheiro que tem na conta dela, tem que ser morto de uma maneira barata, pois nem a morte desses "distinto senhores" vale a pena gastar dinheiro.

Anônimo disse...

“Na cabeça dos amigos do povo, bandidos que cometem barbáries necessariamente são pobres desprovidos, do contrário não agiriam assim.”
Não acho ser essa a visão dos chamados “amigos do povo”, dado que o pressuposto o qual devemos partir é que alguém com 14 ou 16 anos já sabe muito bem o que é moral e o que é imoral e já tem a capacidade plena de julgar as ações que o próprio realiza. A questão da redução da maioridade penal é polêmica sim, tem gente que tem a ideia somente para crimes hediondos e tals.
Mas creio ter algumas outras(muitas) questões que devem ser anteriores a elas, como a da justiça igualitária para todos.. Pq se eu reduzo a maioridade penal só quem vai pra cadeia vai ser o POBRE e ele não cometeu o crime por ser pobre ou não (ta, alguém pode até achar que sim.. Que a probabilidade é menor ou maior, mas não to entrando nessa discussão aqui). No Brasil quem tem dinheiro não passa pela cadeia. E se eu mando um mlk de 16 anos pra cadeia agora, pra essa cadeia que nós temos, quando ele sair de lá, com uns 25 – 30, vai querer fuder com sociedade que fez ele tomar no cu esses anos todos que ele ficou lá. Ou seja, teríamos um marginal “maior” se assim podemos dizer. A redução da maioridade penal seria um problema resolvido assim como as cotas resolvem o problema da educação, em curto prazo e PALIATIVAMENTE.
É isso, uma análise bem superficial sobre o assunto, mas algumas coisas que penso que devem ser levadas em consideração quando abordamos o assunto. Se não, logo teremos uma segregação e um tipo específico de criminoso: Pobre; negro; analfabeto (não, e não é preconceito).

Daniel Ribeiro

Gabriel Amaral disse...

Errado Daniel. Pelo menos a minha ideia de diminuição de maioridade penal e pena de morte, é óbvio, precisa vir acompanhada de uma justiça que funcione e puna quem tem que ser punido independente da classe social do criminoso. Sou claro qto a isso: quero o menor que ateou fogo na dentista morto, pq um celerado. quero, por exemplo, a Suzane Richthofen também morta (não lembro se ela era menor qdo do crime, mas tanto faz... sei q vc entendeu meu ponto.) Só diminuir a maioridade penal de nada servirá, de certo. Mas ao contrario do que os "amigos do povo", poderá sim ajudar a pelo menos diminuir a sensação de impunidade.

Anônimo disse...

Desse ponto de vista, precisamos discutir qual o papel da justiça então.. Pq se justiça, pra você, é sinônimo de punição, super concordo que a sensação de impunidade iria diminuir. Mas é isso que a sociedade precisa? Talvez.. O papel da justiça leva a um bom debate.

Abraço, Daniel Ribeiro.

Anônimo disse...

primeiro punir e depois educar? Sendo assim, não precisa nem educar então.

Anônimo disse...

a galera já vai estar adestrada