sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Talvez a vaca vá para o brejo

A tragédia que se abateu na família Campos, no clã dos Arraes, talvez se abata no Brasil todo. Do que falo? Antes, curta digressão sobre o comportamento humano. 
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É normal que na sequência de uma tragédia piadas de mau gosto ou simples humor negro proliferem e causem lágrimas... de risos. Eu mesmo ri de algumas. O que não é normal nem aceitável são as enxurradas  de teorias conspiratórias da direita e da esquerda sobre a morte de Eduardo Campos. É de um absoluto ridículo que perpassa a cretinice acreditar que  militares, Aécio Neves, Dilma, Lula ou os Iluminatis têm algo a ver com o caso. É preciso ter muito cocô na cabeça. 
No oficioso site Brasil 171, digo 247, o povo e sua infinita sabedoria. 

Imagem retirada de uns dos amalucados conspiratórios.  Segundo o credo dessa gente, pasmem, Dilma teria mandado derrubar o avião de Campos assim, na maior. 

Mas voltemos às vacas frias. No último texto do blog me arrisquei no perigoso campo da adivinhação, muito em função da minha torcida. A inexorável, que chega a todos, não fazia parte da equação. Por outra: a morte de Eduardo Campos muda tudo, sobretudo no plano federal. 

Previ uma vitória apertada de Aécio. Agora não prevejo nada. Primeiro será preciso saber quem será o candidato do PSB e como se comportará em campanha. Será preciso saber como Dilma e o PT, Aécio e o PSDB lidarão com a morte do adversário e com a chegada de um novo contentor. 


O cenário não anima. Se Marina Silva for a escolhida, nossa vaca, a vaca da oposição, digo, pode ir para o brejo. Marina, não tão lá no fundo, é uma petista adiada, quase arrependida. Com seu linguajar habitual - e confuso - promete mundos e fundos. Invariavelmente nada diz de concreto. 


Quem promete fazer o impossível acaba não o fazendo, por óbvio, e, pior, acaba negligenciando o possível. Marina, como Lula, seu mestre, pedirá que vençamos o medo e acreditemos nela. Essa receita já foi tentada. O paciente está aí, moribundo. Entretanto, dá voto. E calafrios aos sensatos. 


O medo nos faz desconfiar, ter o pé atrás. Para ser didático: é o medo que faz setores livres da sociedade brasileira se protegerem do PT e da Dilma. Sabem que um quer solapar a democracia e que a outra é incompetente, inepta. 


Caso Marina entre no jogo e ganhe força com seu discurso messiânico, as últimas palavras públicas de Eduardo Campos serão vãs. Ele disse que não desistiria do Brasil, clamou que fizéssemos o mesmo. Não, não. De um Brasil com Marina Silva ou Dilma eu já desisti desde agora. 




3 comentários:

Edinalva disse...

Meu pastor mandou votar na Marina pq ela é evanjélica, é uma mulher temente a Deus, que aseitou Jesus. Dilma é a favor de matar crianças de mulher barrigada e aésio diz que fuma tochico

Pr. Davi disse...

Marina, uma mulher de Deus, Agora temos em quem votar

Anônimo disse...

A gente esperamos semanas por um texto do GaBriel, e quando chega vem essa boxta aqui