segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Curta uma piscina

Ligo a tv e vejo uma inglesa aos prantos após ser roubada numa praia qualquer da orla da zona sul do Rio. Não me deu pena. Se o agente de viagens não a avisou que o Rio é uma terra sitiada, a obrigação dela era procurar informações sobre a cidade. O Rio é uma zona de guerra para inglês ver. 

Só vou à praia quando obrigado. Nela me incomodam a areia e a mentira. Do primeiro fator jamais me livrarei. Praia tem que ter areia. O contrário é piscina artificial. O segundo fator, a mentira, é a de que o ambiente da praia é o mais democrático possível. 

Chamam isso de democracia. Estão certos. demo+cracia = governo do diabo. 
MENTIRA. 

Mentira porque os preços dos itens vendidos nas praias da cidade estão pela hora da morte. A depender de qual praia você frequente, uma água da bica pode sair a R$ 5. Maior mentira porque as praias foram tomadas por grupelhos. Marginais e usuários de drogas, hippies e vagabundos tomaram as areias do Rio do Leme ao Pontal. Homossexuais tem uma parte específica da orla de Ipanema. O cidadão comum com sua família prosaica que não topa correr certos riscos está na piscina do prédio ou do clube. Para a felicidade dos progressistas. 

Ainda é inverno. Mesmo assim, a balburdia toma conta. Não poderia ser diferente já que a Defensoria Pública, o Ministério Público e as ONGs suspeitas de sempre cerraram fileiras em favor da bandidagem, impedindo a polícia de realizar o bom trabalho preventivo que até então realizava, minorando a incidência de arrastões e assaltos nas orlas através de revistas aleatórias. Com isto, no último fim de semana, os porcos saíram ao montes atrás de farelo. E farelo encontraram. 

Menores estavam em ônibus com janelas quebradas (Foto: Ricardo Abreu / Arquivo pessoal)
Vai farelo? 
Não vá à praia. Fuja da democracia da arruaça. Tome muito cuidado com a OAB. Se você não é do Rio, não venha. Se é, saia corrido. Não podendo sair, curta uma piscina no prédio ao lado dos seus. As outras opções são o assalto, a humilhação e o espancamento. E agradeça que ainda não é a bala perdida. 









  

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